quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Desconexão
Confusão
A bagunça interna é uma barreira
Barreira contra o sol e o calor
Impedindo o coração de florescer

Estagnada
O coração não sente
A cabeça não pensa
O espírito não vive

Os pássaros não chegam na janela
Passam longe de toda a escuridão
As borboletas caem aos pés
Diante de tanta amargura

Os versos perdidos de um refrão
Que poderiam libertar
Mas aprisionam
São aprisionados
Enrolados na confusão
E assim sufocam

Eu não quero dizer nada
Monstros não precisam ser libertos
As frases murmuradas na chuva
Não combinam com dias de sol
Na língua da poesia
Eu não quero dizer nada

Assim me calo
Com calos e feridas
Que não se calam
Não se curam
Pro gosto de morte
Não há cura.

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