sábado, 12 de julho de 2014


E a saga viajante solitária continua. Minha vida se tornou um chegar e despedir. Por mais que eu assim sempre sonhei, sinto um preeminente cansaço forasteiro. Tudo vai e dirige-se para um sempre igual "amanhã" monótono, sem rotina, sem destino, sem conhecidos. Ninguém é familiar, mas sorriem como se reconhecessem e sentissem falta. Eu não conheço ninguém, mas é como se eu sempre estivesse por aqui. É só eu meu coração batendo forte. Torpedeando saudade. E quisesse falar alguma coisa. Mas as palavras não têm som ou as cordas vocais perderam a força. Momento que só é capaz de sentir e não expressar. Impotência. O corpo quer continuar e a mente ficar. O sono que te derruba, te leva de volta ao sonho da guerra da vida real. Me torna polos. Totalmente opostos. Sendo como o som da guitarra que te faz pular mas te leva novamente direto pro chão. Seguindo para "casa", só não sabe para qual delas. Quanta covardia por traz de tanto determinismo. Ou coragem confiar nas mãos do destino. A base, na indecisão. Mas basta jogar cara ou coroa e enquanto a moeda estiver no ar saberá qual é sua decisão.

Do meu coração, para mim mesma.

{Desconheço autoria}

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