quarta-feira, 14 de maio de 2014

 "...Eu devo ser um desses narcisistas que só dão valor as coisas quando elas se vão. Eu sou sensível demais. Preciso ficar um pouco dormente para ter de volta o entusiasmo que eu tinha quando criança..." K. C.

Hoje definitivamente percebi como ainda tenho uma capacidade linda de sentir tudo. Percebi como ainda sou capaz de muitos sentimentos, e como as coisas me afetam de forma tão exata. Mas percebi também, a rapidez que estes mesmos sentimentos vem e vão embora. 
Amo muito tantas coisas, pessoas e tudo o mais... Mas, de uma forma que não sei explicar, esse amor de repente se vai com o vento. Até pouco tempo atrás duvidava da minha capacidade de amar, de sofrer e essas coisas do coração, mas descobri que ainda há isso em mim, de uma forma linda, mas tão passageira que me faz questionar se é verdadeira. 
Como pode uma pessoa cansar das coisas que ama? Como pode alguém precisar tanto num dia e no outro não sentir falta? Como pode alguém chegar à esse ponto?
Sinto tanto amor dentro de mim, acredite, é mais do que lembro já ter sentido, mas parece que não é suficiente. Passo a amar tudo tão rapidamente, gosto tanto de algumas coisas que tenho agora que chega a me doer. É cruel que eu não consiga sentir e manter o interesse. Cruel comigo e com quem está envolvido nisso. 
Na maioria dos dias tenho tanta felicidade em mim, que chega a transbordar, mas tem sempre aquele dia, ou um pequeno momento que o sentimento de culpa vem à tona e transforma a felicidade em náuseas. 
Queria não ser tão errante, queria não ser tão egoísta, queria não me sentir insatisfeita com tantas coisas, queria conseguir ficar ao lado de alguém. Queria tanta coisa, mas principalmente não ter a persistência desse constante querer!

{Vanessa Cristina Martins}



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