segunda-feira, 6 de outubro de 2014

De todos os fins de semana que vou pra casa desde que você se foi, este foi o primeiro que não chorei várias horas da madrugada por sentir tua falta. Talvez porque estava tão cansada e estava tão tarde que, logo nas primeiras lágrimas, o sono me venceu. Era esse o horário que mais ficávamos juntos, lembra? Você miava na porta pra mim te deixar entrar, eu abria, te abraçava e apertava até você miar, aí então te soltava e te dava comida. Enquanto você comia, eu arrumava nossa cama no chão da sala, e depois, ficávamos juntos até de manhãzinha, quando você levantava pra comer e puxar saco da tua vó, seu sacana! Quanta disposição você tinha pela manhã! Tantas vezes eu tinha que levantar da cama pra separar briga entre você e os outros gatos! Era preciso te enfiar debaixo das cobertas pra acalmar teu animo. Ainda consigo sentir tu mordendo minha barriga, meus dedos, minha bochecha. Gostaria que teus arranhões tivessem deixado marcas permanentes, só pra ter algo concreto de ti comigo.
Queria tanto que você estivesse aqui! Você ia adorar a Nina. Seria a dupla perfeita, o café e o leite, e eu seria a pessoa mais feliz do mundo. Minha cama seria pequena pra nós três, mas daríamos um jeito pra todo mundo ficar confortável (você sempre soube como se arrumar confortavelmente em cima de mim, da minha cara, não é?). Você cuidaria tão bem da Nina, assim como sempre cuidou de mim, e vice-versa, seria o irmão mais velho, e a família estaria completa.
Te amo, sempre.
Meu Jack!
Meu Tinho.

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