sexta-feira, 13 de junho de 2014

Se eu pudesse dar um conselho a você, pequena menina confusa, perdida, do olhar cheio de resquícios daquilo que ela cuidadosamente chamaria de solidão, seria: respire. O mundo de fato não espera por você, mas você, sim, deve esperar pelo mundo. As coisas chegam prontas no momento exato em que são precisas, e não exatamente quando você quer. Nem toda dor é a maior do mundo e fatalmente tudo passa, mesmo quando o coração parece querer sair pela boca e retumbar por si só o tamanho daquela saudade. Não sofra antecipadamente. As pessoas, as situações, os sentimentos, nunca estão terminados. Dê espaço para algumas reticências, vírgulas e saiba entender um ponto final de coração tranquilo. Respire. Se quiser ir, vá. Nada no mundo é pior do que perder uma oportunidade que poderia mudar o rumo de tudo. O sentimento ainda estará lá quando você acordar, mas esfriar a cabeça antes de bater o pé impulsivamente aumenta em 90% as chances de uma escolha acertada ou, pelo menos, de um erro fundamentalmente coerente. Sim, errar conscientemente faz parte do processo, afinal de contas, foi graças a tantos tombos afobados e tropeços que mais pareciam quedas de abismos que hoje você é a mulher que se orgulha de ser. De nada adianta essa ansiedade e essa sede incontrolável de prever o amanhã, o depois, os próximos minutos. Tudo pode mudar no infinito de um segundo. O que me leva a outra questão: responda a mensagem, atenda ao telefone, chame pra sair, diga que gosta, que odeia, que sente, que precisa, diga qualquer coisa, para depois não se arrepender do seu silêncio. Respire. Comemore as vitórias, mesmo que sejam pequenas e delicadas. E, acredite, as pessoas que se importam permanecem, apesar de. Simples assim.
{Danielle Daian}

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