terça-feira, 31 de dezembro de 2013

São os porquês que matam. Quando estamos sozinhos, com a cabeça baixa ou olhando pro nada, temos mania de nos perguntarmos o porquê de tudo isso estar acontecendo, o porquê do café esfriar, do pássaro conseguir voar, mas nunca para o lugar certo, do gás da coca-cola faltar na mais severa sede, dos passos serem curtos quando precisamos e rápidos quando não precisamos, dos beijos que não libertaram, das almas perdidas de viverem sempre sozinhas, e do nosso mundo fechado bastante solilóquio. Não precisamos disso, todos esses porquês nos esquartejam e nos enterram na sepultura das dúvidas. Morremos todos os dias por isso, mas ninguém, nem mesmo nós percebemos. Deixemos eles de lado: os motivos, incertezas, desculpas ou tentativas delas. Mas, se existimos, respiramos, ou mesmo vivemos há um motivo. Do que será que somos feitos? Pra onde iremos? O que faremos? Temos que saber. Mas antes de tudo, precisamos ser. Precisamos? Por quê?

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