sexta-feira, 13 de setembro de 2013

 O quarto estava cheio de objetos queridos que o encheram de paz, superando a agitação que sentira ao acordar. Sua guitarra, seu toca-discos, suas maravilhosas compras, e os livros, as flâmulas, lembranças e fotografias da equipe de futebol, a cadeira, a mesinha, os desenhos.
Os poemas, canções, ou como quer que se chamassem.
Jogou-se para trás, fechou os olhos, porém não apagou a luz. Se pudesse escolher os sonhos, as histórias para preencher o tempo inútil do descanso... Gostava de sonhar, porque a liberdade de sua imaginação tinha um feitiço embriagador. Cada sonho era a anarquia da mente, a revolucionária revolta do seu inconformismo. Suas ideias escapavam de qualquer limite.
Sonhar...
Os raios eram as luzes de um palco, em Londres, e os trovões, o retumbar dos alto-falantes. A chuva, o murmúrio do público, a o fluir da vida, os aplausos.
E no centro do furacão, ele, John Lennon, cantando.



{O Jovem Lennon}

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