quinta-feira, 11 de julho de 2013

Olhe bem, meu bem...

  Observe bem o que não digo, leia o meu silêncio, meus olhos gritam. Observe bem minha quietude, minhas palavras nada dizem porque não há nada a dizer. O medo ainda é a minha arma mais letal, contra mim. Só preciso ser leve, só preciso deixar que o tempo passe, só preciso que escutem esse silêncio. São as palavras não ditas que tudo revelam, são olhos e olhares que exibem o mundo, é essa comunicação oculta que constrói o show. Nessa simplicidade de dedos entrelaçados, de sorrisos discretos, de abraços apertados e liberdade que mora a tal felicidade e não ouse me contrariar, são apenas momentos e nada mais é necessário. O futuro que chegue, e quando chegar será presente, não quero saber onde o caminho vai dar, hoje acordei com vontade de caminhar seja para onde for. São essas tais histórias onde nada dá certo que moram os melhores contos, nada sairá como planejado (nem mesmo há planos), mas sempre farei o melhor que posso com aquilo que tenho. Se tenho sonhos farei realidade, se tenho lágrimas as tornarei alegria. E quando lágrimas são substituídas por sorrisos percebo que vale a pena caminhar, seja como for, e perceber que a paisagem continua bela, mas eu mudei. Nesse segundo não sou a mesma que começou a escrever a frase, quem dirá a mesma de tempos atrás. Apenas sou, presente do indicativo, primeira pessoa do singular, sujeito oculto, mas quem não é?


Se é felicidade que quero, feliz sou.

{Leontyna Santos}

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