terça-feira, 27 de novembro de 2012


Tenho pena do mundo, que se divide entre duas guerras. Uma que que mata milhares todos os dias e são manchetes nos jornais e as guerras particulares, travadas por pessoas vazias, que choram todos os dias com o coração na mão, gritando entre soluços que a vida é uma grande droga. E nada se resolve. Pessoas matam umas as outras como se isso não significasse nada. Bebida parece algo vital, música não é mais música. Tudo virou motivo para deboche, a capacidade de pensar está indo por água abaixo em enchentes junto com casas de milhões de pessoas. E ninguém faz nada, ninguém nunca faz nada. Você reza a noite, mas pede só por você, porque seu egoísmo é grande demais. Mas o que ninguém vê é que é impossível viver sozinho nesse mundo louco, e que a extensão de nossos medos não se limitam nas paredes de nossos quartos escuros. Olhem em volta, pelo amor de Deus. Pessoas se cortando, suicídios banais, pessoas boas que se vão cedo demais por não se acharem boas o suficiente. O sofrimento virou algo mais comum do que real. Famílias destruídas por drogas, gente que atira por ”honra”, ou pior: por uma rodada de cerveja não paga. Livros se tornaram coisa de gente careta e internet virou sinônimo de exposição. Futilidade em todos os lugares, mas ninguém vê. Ninguém quer ver. Tenho pena das pessoas. Só espero que um dia elas entendam que não se pode abrir a felicidade. Ela não está na garrafa de um refrigerante.

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